Estranho quando se chega ao ponto de dizer estou farto de fazer diariamente este caminho, apanhar o mesmo transporte público, esperar que algo acontece para transformar a viagem diferente.
E quando o que muda nesse caminho é algo tão forte que modifica não apenas a viagem diária mas sim a viagem permanente da vida?
Quando esse acontecimento muda de um momento para o outro a relação com os outros, a relação com o eu pessoal, a relação com o mundo como se sentisse um ponto só numa imensidão de linhas.
E quando o que muda nesse caminho é algo tão forte que modifica não apenas a viagem diária mas sim a viagem permanente da vida?
Quando esse acontecimento muda de um momento para o outro a relação com os outros, a relação com o eu pessoal, a relação com o mundo como se sentisse um ponto só numa imensidão de linhas.
É disso que se trata Yurîka (2000) do Japonês Shinji Aoyama, a viagem de dois irmãos que é interrompida por algo tão forte que apenas quem o viveu consegue compreender. Quando Makoto Sawai (Kôji Yakusho) é o único que consegue passar a parede traumática, porém será isso o suficiente?
217 Minutos de um mundo a preto e branco (mais precisamente sépia) onde o espectador se afasta permanente das personagens (com planos gerais magníficos) e ao mesmo tempo se aproxima do mundo tão próprio das personagens.
Filme que respira de uma magia única, e tal como referi no inicio deste blogue o cinema é o retrato de todos esses caminhos que às vezes não são os mais correctos.
Se a vida é fácil? Nunca foi...
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