sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"Di Cavalcanti"


Eis um filme que prima pela diferença. Nunca uma cerimónia foi filmada e realizada de tal forma.
Glauber Rocha abordou à partida uma postura nada ortodoxa em relação à morte do grande pintor e artista brasileiro Di Cavalcanti. Rocha registou o momento que é negro, pesado e deprimente e transformou-o numa alegoria à vida, retratando poéticamente a "história" do pintor.
Em termos mais técnicos, Rocha, narrando de maneira efusiva e até festiva, colou as imagens cruas de forma atordoante, ao jeito do que fez Godard, em "Histoire's du Cinema", o que resultou num objecto final bastante interessante.


Mais uma obra que foge ao "cinema convencional", mas que dá um excelente contributo ao "cinema sensacional".

1 comentário:

Anónimo disse...

Não acho que seja tanto «cinema sensacional», mas mais «cinema-sentimento». Não me lembro de ver homenagem tão bonita e tão provida de sentimento como esta de Glauber Rocha ao amigo pintor, Di Cavalcanti. Concordo contigo, Mi, quando dizes que este filme é uma «alegoria à vida» e, atrevo-me a dizer, quase um hino à amizade.