Quando a escassez de emprego é tanta que as atitudes Humanas são levadas ao extremo (o próprio actor encontrava-se desempregado desde o fim da II Grande Guerra).
Vittorio de Sica realiza em 1948 Ladri di biciclette, onde um objecto tão simbólico como uma bicicleta é o rastilho de toda uma procura.
Antonio Ricci actor amador (assim como todos os actores do filme) entra no seu único filme como Lamberto Maggiorani, um pai de família que procura sustenta-la. Para isso o único emprego que encontra envolve ter uma bicicleta, porem quando o seu roubo acontece a perseguição por uma cidade ainda miserável de um pós guerra recente começa. Quando julga ter encontrado o ladrão, Maggiorani é surpreendido.
Num final à maneira do cinema de Vittorio de Sica, a forte motivação das personagens é sentida pelos fantásticos planos conseguidos. A alienação de Maggiorani e a perda de tudo aquilo que tentava proteger é a imagem translúcida de um país que tenta a redimissão de uma Guerra devastadora.
Vittorio de Sica cria assim ao seu estilo trágico um cinema social que faz pensar/reflectir sobre os valores Humanos mais altos como a sobrevivência do eu e daqueles que se tenta proteger.
Um filme clássico e um marco histórico no cinema.
Enzo Staiola e Lamberto Maggiorani em Ladri di bicilette (1948) - Vittorio de Sica
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