domingo, 7 de dezembro de 2008

Entre a tragédia grega e o cinema experimental

Na Sexta feira passada tive o prazer de assistir à ante-estreia da primeira longa metragem do jovem realizador, Rodrigo Areias, "Tebas". Filme que conta a viagem de um luso-descendente de Paris até Portugal em busca das suas raízes. Apanha boleia de um camionista, representado por Nuno Melo. A viagem varia entre situações bizarras, outras serenas, refletindo a óptima gestão do equilibrio das primeiras cenas da narrativa, variações essas que Rodrigo Areias nos vai abituando ao longo do filme . Filmado em Paris, no norte de Espanha, no Gerês, no Porto e em Guimarães, Tebas segundo o realizador, "É um filme todo ele experimental, em que pude usar livremente os meios técnicos, os espaços e as personagens sem sentir que tinha que respeitar esta ou aquela tendência". Ainda sem distribuição comercial, o filme entra, em Janeiro, no circuito da Federação Portuguesa de Cine-Clubes. Vai ser exibido em outros locais e por outras entidades mas, inicialmente, os cine-clubes serão o local privilegiado.
O resultado é uma mistura, entre a adaptação da tragédia clássica de Sófocles, “Rei Édipo", e o universo das histórias de Jack Kerouac, o que faz dele um road-movie surrealista.







O melhor: A fotografia, a Realização, e Nuno Melo

O pior: A Forma como o contemporâneo, o sexo e o rock n' roll coabitam com o classisismo de Sófocles.

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