sábado, 13 de dezembro de 2008

O 13

Atrevo-me a escrever o seguinte post depois de ver uma opinião tão bem feita do Leonel Meneses sobre a relação de televisão cinema ou diria antes por "ordem cronológica" CINEMA - televisão. Mas como se trata desse grande e velho "pai" sigo em frente.



Olho para a hora e penso que filme ver, é estranho quando a qualidade de escolha é muita e não se sabe o que se sente para escolher o filme que vai encontro a tal.
Por isso antes dessa escolha difícil, olho para a data e vejo 13.
Bem poderia falar de uma sexta-feira 13 mas uma vez que é sábado falo do “simbólico” 13.
Para alguns 13 é número de azar para outros os menos supersticiosos um número como os outros, para George Babluani o 13 foi um número de mudança, se de azar se trata o filme mostra.


Porque a vida é feita de decisões e nem sempre as que se escolhe são as mais acertadas, percorremos o caminho sempre à procura do que é melhor (ou se acha que é) mas às vezes se esquece que no fim desse caminho só existe uma coisa a morte.
13 Tzameti é disso que se trata a decisão que se toma que pode atalhar a vida para o seu rápido final.
Géla Babluani realiza a sua primeira longa-metragem com uma narrativa bastante simples mas que funciona.

Sébastien (George Babluani) toma a decisão de entrar num jogo que ele próprio desconhece as regras, quando dá por ele encontra-se numa sala com uma simples lâmpada e com 13 indivíduos em círculo todos eles com um objectivo, ter sorte para sobreviver e matar num jogo de roleta russa, onde apostadores esperam que o seu número seja o vencedor. Se a condição humana para uns é valorizada e até hino de protesto para outros é mais um motivo para ganhar dinheiro e apostar na próxima “carcaça”.

Estranho pensar que o último momento das vidas Humanas é a visão de uma simples luz a acender (como se fosse a luz ao fundo do túnel, luz de salvação para uns, a luz de morte para outros) e o tremer de uma arma na nossa cabeça, estranho pensar que como seres humanos (raça supostamente racional e superior aos animais irracionais) se tranformem em predadores sedentos de adrenalina e medo.


13 Tzameti é a sorte de sobreviver e tentar encontrar o caminho de volta para casa, porque no fundo há sempre uma luz no fim do caminho.



George Babluani em 13 Tzameti de Géla Babluani (2005)



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