segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Anos 80



Kurt Russell é Snake Plissken um anti-herói americano.
Estamos em 1997, desde 1988 que a criminalidade aumentou brutalmente nos Estados Unidos, a solução: as prisões são as próprias cidades, Nova York encontra-se infestada de criminosos até que recebem um "presente" a queda do air force one com o presidente dos Estados Unidos, cabe a Snake (novo recluso) de salvar a situação. John Carpenter traz "Escape From New York" um filme de acção tipicamente americano dos anos 80 uma mistura de ficção cientifica com a realidade, não é de perto nem de longe o melhor filme de Carpenter, mas de certeza que os fãs deste não vão querer perder, nota para a banda sonora tão típica dos anos 80 com os sintetizadores a lembrar a tão grandiosa banda sonora do Blade Runner.
Um filme recomendado para quem gosta de Carpenter e claro está de Kurt Russell nos seus velhos tempos antecedendo um "The Thing" deste mesmo realizador.

Kurt Russell em "Escape From New York" - John Carpenter (1981)

9


Shane Acker traz-nos 9, uma longa-metragem de animação, trabalho continuado de 2005 da sua curta-metragem com o mesmo nome.
A história passa-se num clima pós apocalíptico, onde os Humanos foram mortos pelas suas próprias criações, aquilo que previa ser criado para o bem foi criado com intuito bélico virando-se contra os próprios criadores e arrasando com a raça humana.
Numa forma de redimir-se o seu criador tenta salvar a honra humana e constrói uma série de bonecos de trapos e transmite fragmentos da sua alma para estes acabarem com a destruição criada pelos Humanos.
Vale a pena dar uma olhadela. A mensagem final do filme é aquela já vista em muitos outros, mas vale sempre a pena ver outro ponto de vista.

"Eles não nos deixaram nada...nada. Porque temos nós de corrigir os seus erros?"

O último suspiro de Kubrick


Alice Harford: I do love you and you know there is something very important we need to do as soon as possible.
Bill Harford: What's that?
Alice Harford: Fuck.

domingo, 27 de dezembro de 2009

(In)Diferença



Um dia já todos olhamos com algum desprezo para certas situações para certas diferenças, principalmente quando não existe conhecimento sobre o que se trata, foi assim com o Vírus da Sida, é assim mais recentemente com a Gripe A, já depararam com certeza que basta espirrarem para termos olhares constrangedores e uns quantos metros de distância... bem é sobre isso que Neill Blompkamp (um realizador no mundo do cinema com pouco historial) retrata em District 9, com a chancela de Peter Jackson.
District 9 trata do nosso planeta Terra a ser visitado por Alienígenas que por alguma razao vieram parar ao nosso planeta, porém nada de mal trazem nem segundas intenções têm. Porém nós Humanos como bons samaritanos fazemos as boas vindas, arranjamos locais para os desconhecidos viverem criando "guetos",como se fazem aos próprios humanos com estatuto social considerado baixo pelas altas entidades que ditam o que é socialmente aceite.
Contudo como bons Humanos não ficamos por aqui, queremos saber quem são este povo e esta "raça" então fazem-se experiências para ver o que realmente são, porém estas experiências têm outro sentido...saber como funcionam as armas destes alienígenas e como funcionar com elas, Sharlto Copley é um funcionário desta mesma organização que salvaguarda a vida dos "visitantes" assim como o de desenvolvimento de material bélico.
Porém quando Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley) é contagiado por um líquido dos alienígenas começa a sofrer uma mutação que vai transformar num "camarão", com esta descoberta a organização quer vender o corpo de Wikus às sociedades para estas poderem usar as armas bélicas trazidas pelos Alienígenas.

Todo o filme é esta fuga de Wikus e toda a vida no Distrito 9, onde os Humanos já controlam a comida no mercado negro. Toda a história é uma autêntica metáfora à vida Humana, todos os problemas de uma sociedade estão aqui demonstrados numa forma muito peculiar, o filme salta de Documentário Ficcional para Ficção sem mesmo o espectador dar conta disso.



Sem dúvida um filme de Ficção Cientifica muito bem conseguido e trabalhado, onde se levantam os mais altos valores da sociedade Humana, tal como muitos o fazem e fizeram, mais uma bela forma de demonstrar se realmente somos assim tão superiores como nos pintam.



District 9 - Neill Blomkamp (2009)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Regresso

Muito Bom Natal a toda a gente que nos visita e claro está ao pessoal do blog!
Vou voltar ao activo tive uns bons meses retirado mas estou de volta,

Abraço

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Culto

Haverá fenómeno mais curioso que o culto dentro do contexto artístico?
Ou até mesmo em todas as outras faces da vivencia humana?
O culto é fascinante no conceito e mais ainda no processo que o desenvolve.
E o que é isto?
Se pensarmos bem, o processo é simples. A ideia surge, o criador estuda-a, desenvolve-a e concretiza-a.
A ideia chega em forma de obra ao público, e por razões que só a ciência evolutiva pode explicar, um número indeterminado de receptores, identifica-se, emocionalmente e intelectualmente, com a obra.
O culto é o passo seguinte. Quando o espectador deixa de ser um mero receptor e passa a relacionar-se intimamente com a obra. A obra passa a fazer parte do imaginário e quotidiano do espectador.
É um desenvolvimento totalmente involuntário. Começamos a ver uma Série, porque o tema parece interessante e passados três episódios, o culto é activado, acordamos com vontade de ver o episódio seguinte, passamos o dia a segredar aos colegas de trabalho sobre o quão fascinante é o enredo, e ao fim do dia corremos para casa na ansiedade de assistir ao próximo, dramatizo. É incrível como um espectador comum se consegue aproximar de uma determinada obra a ponto de se sentir intimo dela. De sentir que faz parte do processo criativo, do qual essa obra resulta. Isto é um fenómeno largamente conhecido também no cinema, com obras que se tornaram de culto tendo em conta a tamanha proximidade que estas conseguiram junto de um determinado público.

Assisti ininterruptamente durante sete anos á obra de culto “Os Sopranos” e durante esse tempo, conduzi como o Christy, comi como o Tony, e falei como o Sil e imitei o Paulie em momentos bem dispostos com amigos, utilizei expressões italianas para acarretar conversas. Achei-me muitas vezes racista e xenófobo, a família passou a ser a minha primeira preocupação e a lealdade o valor de maior importância. Quase me envolvi em negócios ilegais. E inconscientemente senti-me tão próximo daquelas personagens que as julguei parte da minha realidade. E tudo isto devido á capacidade criativa e ao desempenho notável de um conjunto de artistas que de forma involuntária condicionaram a minha vida e a de outros tantos membros da audiência.
Incrível esta coisa do culto não é?

Despeço-me com os melhores cumprimentos. Volto a dar noticias quando regressar de férias. Por enquanto deixo-vos algumas saudáveis recomendações.

Em DVD

Ponyo à Beira-Mar – Hayao Miyazaki
Inglourious Basterds – Quentin Tarantino
Los abrazos rotos – Pedro Almodóvar

No Cinema

The Young Victoria – Jean-Marc Vallée
Nine – Rob Marshall
Invictus – Clint Eastwood

No Futuro

Fela – Steve McQueen
Shutter Island – Martin Scorsese
The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn – Steven Spielberg (hoje de parabéns)


Hernani D'Almeida

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Anticristo Lars von Trier


Encontro-me neste momento ainda a viver a ressaca, a digerir "Antichrist". Sem dúvida um dos filmes mais impressionantes, marcantes e chocantes que vi na vida. O filme é dedicado a Andrei Tarkovsky, aquele que parece ser o maior ou único ídolo, do "melhor realizador do mundo" tal qual Lars von Trier se auto-intitula. Talvez por isso os Russos o tenham percebido melhor. Segundo um jornalista Russo presente na conferência de imprensa pós-estreia do filme em Cannes, afirmou que o filme teve uma boa recepção na Rússia e que as pessoas o entenderam.
Quanto a mim, devo dizer que apesar de a história não me ter sido clara, experenciei uma das mais extremas sensações que o Cinema me proporcionou até hoje, Von Trier puxou ao limite...
A condução da câmara e respectiva cinematografia são soberbas, o genérico em modo slow-motion (sublime) é trágicamente épico e talvez ainda demasiado hard-core, para grande maioria do público.
De referenciar a boa interpretação de Willem Dafoe e a grandiosa interpretação de Charlotte Gainsbourg, sob uma curiosa direcção de Lars von Trier, como explicou Dafoe na conferência de imprensa.
Do pouco que revelou quanto ás motivações que o levaram a fazer este filme, Von Trier revelou ter atrevessado um estado de depressão, que o terá influenciado significativamente, e afirma ter feito este filme não para as pessoas, mas para si. Talvez isso explique um filme mais fechado, mais para dentro, mais para satisfação própria; e tudo começa a fazer sentido quando diz algo como: é melhor dedicares o filme ao autor em questão em vez de o copiares.

sábado, 7 de novembro de 2009

Marty Scorsese regressa em 2010


Acabei de ver "Mean Streets" o primeiro clássico da brilhante dupla Scorsese/DeNiro. Ora, não fosse tamanha a admiração pelo criador de obras primas como "Taxi Driver" ou "Goodfellas" diria no mínimo que espero com bastante curiosidade pelo seu novo projecto "Shutter Island" que se econtra já em pós-produção e que conta novamente com Leoardo DiCaprio como protagonista. DiCaprio parece impressionar e merecer a confiança de Scorsese. Quem sabe, uma nova dupla de sucesso para o futuro, como essa que em tempos áureos existiu. Quem sabe também se algum dia (e tão bom que era) voltaremos a contar com ela...


terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Woman Under the Influence


Citando João Bénard da Costa, "A Woman Under the Influence" é um dos filmes da minha vida e para mim a obra prima do brilhante legado de John Cassavetes, autor de génio raro do cinema independente.
Gena Rowlands, oferece a este filme um credibilidade e genuínidade devastadoras, sob a peculiar, livre e intensa condução/direcção de Cassavetes. Um filme que nos proporciona uma constante revolução de sentimentos, sejam eles bons, maus, constrangedores, intrigantes, alegres, tristes, etc...
Um filme que explora com autenticidade como poucos outros, uma realidade familiar, a personalidade humana e as suas relações com os outros.



Citando desta vez John Cassavetes, "Não acredito que o colapso da Mabel seja um problema social. Está relacionado com relações pessoais. Alguém pode amar-te e ainda assim levar-te à loucura."

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sugar...

Billy Wilder continua a deliciar-me com o seu cinema e desta vez deliciou-me a dobrar com o astro cintilante, que foi, que ainda é Marilyn Monroe. Dado o meu conhecimento limitado quanto à filmologia (à parte o pequeno papel no sublime "All About Eve" de Joseph L. Mankiewicz) do ícone que Warhol pintou e da capa de revista de que todo o mundo falou, retinha algumas dúvidas em relação às suas qualidades de interpretação. De qualquer forma, "só" com este "Some Like it Hot" Monroe enfeitiçou-me e claro, superou as minhas espectativas. Já Billy Wilder ofereceu-me mais do mesmo, isto é, mais um marco na minha cinefilia.
O Filme que fechou a década de 50 e antecedeu o brilhante "The Apartment" (onde protagonizou uma vez mais o talentoso Jack Lemmon) do início dos 60, tornou-se um caso sério de popularidade e figura lado a lado com os maiores clássicos da história do cinema. Popularidade essa subtraída do génio do seu criador, um dos realizadores mais populares - se não o mais popular - da Cinematografia Norte-Americana, nada mau para um Austríaco.
Devo ainda referir mais dois grandes essenciais de Billy Wilder, "Double Indemnity" (1944) e "Sunset Blvd." (1950) com umas das maiores interpretações que experênciei, Gloria Swanson no papel de Norma Desmond.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

The Treasure of the Sierra Madre


"I know what gold does to men's souls."

Howard


Humphrey Bogart, Walter Huston e Tim Holt em "The Treasure of the Sierra Madre" (1948), John Huston

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Recomeço Inspirado

Numa espécie de tentativa de reanimação do blogue, partilho o meu recente fascínio por três obras primas essenciais da década de 50 - e certamente de toda a história do cinema -, que marcaram a minha cinefilia de verão; e, a "experiência" Six Feet Under, brilhante série, obra singular da produção televisiva.


Alec Guinness em "The Bridge on the River Kwai" (1957), David Lean


Gloria Swanson em "Sunset Blvd." (1950), Billy Wilder


Anne Baxter e Bette Davis em "All About Eve" (1950), Joseph L. Mankiewicz


Peter Krause e Lauren Ambrose em "Six Feet Under" (2001-2005), Alan Ball

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O Cinema Português

O que é afinal o cinema português? Onde fica o cinema português no cada vez mais vasto panorama cinematográfico do mundo, e em especial da Europa?
Na verdade não temos “um cinema português” nunca chegamos a cria-lo apesar das muitas promessas. Para a Europa, e mais ainda para o mundo, o cinema português é Manuel de Oliveira, o único e sumo senhor do cinema em Portugal, e acreditem, para tudo o resto o cinema português é este senhor. Somos pouco mais na vasta dimensão cinéfila. Apesar do mérito às vezes até incógnito, é de certa forma redutivo atribuir toda uma cultura e jeito cinematográfico de um país a um só criador, eternamente experimental.
O que é feito então de todos os muitos criadores nacionais que se destacam pela sua especial aptidão em todos os tipos de arte? No cinema em particular, a ultima geração de criadores apesar de ser já um problema que os antecede, vêem se limitando a fazer cinema por imitação. Ainda que uns mais bem conseguidos do que outros, uns estupidamente comerciais ou outros radicalmente alternativos mas sempre por imitação. Não há uma cultura própria, muito menos uma cultura portuguesa, que se possa chamar de cinema português.
Mas porquê esta insistência em fazer mau ou muito mau cinema em Portugal? Os criadores ou pseudo, acusam o público já pouco habituado a cinema de qualidade, de recusarem experimentar o nosso cinema. Não será este divorcio uma birra de culpa repartida? Não consigo perceber a vergonha e a falta de sentido de oportunidade dos artistas cinematógrafos portugueses na imagem, no grafismo e na dinâmica da nossa cultura e arte no nosso país, ao fim e ao cabo no nosso portuguesismo, recheado de pormenores maravilhosos, de coisas próprias, e tão agradáveis do ponto de vista visual e sensorial. Se imitamos tão mal um cinema que não é nosso, porque é que não aproveitamos os exemplos dos nossos países vizinhos e padrinhos do cinema em Portugal, como a França, Itália e Espanha. Onde todos os filmes de maior sucesso doméstico e internacional giram em redor das suas culturas muitos próprias, dos seus costumes, das suas gentes e visão. Em França os filmes sobre o francesismo são de sucesso retumbante, em Itália um país abarrotado de portentoso cinema, os grandes filmes de culto e maiores sucessos comerciais são retratos dos italianos e do que é ser italiano. Em muitas das minhas viagens ouço com tristeza que a cultura portuguesa tem ainda muito para se dar a conhecer. E somos nós e todos os jovens artistas e cinéfilos portugueses que temos a obrigação de esboçar um novo rumo, alastrando e cultivando o portuguesismo, cá e lá no outro mundo que ainda não o conhece. Temos gente, temos sons, temos cor, temos sotaques, temos ideias e executantes, temos cafés e temos tascas, temos ruas e mato, temos poetas e as vidas deles, temos vontade, falta-nos o nosso cinema! Despeço-me com os melhores cumprimentos. Volto a dar noticias quando regressar de férias. Por enquanto deixo-vos algumas saudáveis recomendações.

Em DVD

Milk – Gus Van Sant
A Valsa com Bashir – Ari Folman
Rocknrolla – Guy Ritchie

No Cinema

This is England – Shane Meadows
Home – Yann Arthus-Bertrand
Dernier Maquis – Rabah Ameur-Zaimeche
Antichrist – Lars von Trier
Home – Ursula Meier
Shotgun Stories – Jeff Nichols

No Futuro

Looking for Eric – Ken Loach – “Cantona… Eric Cantona”
JCVD – Mabrouk El Mechri – “Vamos dar-lhe uma segunda oportunidade”

Hernani D’Almeida

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"Paranoid Park"


Decidi rever "Paranoid Park", desta vez no pequeno ecrã, "pequeno" pormenor redutor em comparação com a espectacularidade de um grande ecrã, mas que logo me passou ao lado quando me deixei levar pela subtileza e leveza dos iniciais longos planos de sequência, que transformaram a arte do skating num belo bailado entre um corpo e o skate, claro, em slow-motion. Confirmei desta vez o que me tinha marcado da primeira, que se trata de uma obra maior do cinema actual e que permanecerá como obra de culto no futuro. A história revela-se bastante simples, a forma como Gus Van Sant a revela e constrói a nível visual e da narrativa - mas também sonoro convém frisar - é que merecem da minha parte como que uma vênia, um obrigado a Gus Van Sant por abrir caminhos ao cinema "novo" e independente. Cinema visto de novos prismas e novas perspectivas e que atravessam cânones gastos.

Gus Van Sant com Gabe Nevins
VIDA





(Pierrot le Fou - Jean-Luc Godard, 1965)


Ferdinard, Marianne;

Eu nunca posso ter uma conversa séria contigo.
Tu nunca tens idéias, só sentimentos.


Isso não é verdade.
Existem idéias em sentimentos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A beleza do cinema

"American Beauty" (1999), Sam Mendes

"Perturbador" de tão real e genial ser.
Um essencial da história do cinema.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

2ª geração d'ouro!?




O jovem cineasta vimaranense continua a somar pontos na sua já promissora carreira. Desta vez Rodrigo Areias foi escolhido pelo Instituto de Cinema e Audiovisual para representar Portugal no próximo Festival Internacional de Cinema de Cannes que se realiza de 13 a 24 de Maio. Representará o país no programa “producers on the move”, uma distinção atribuída anualmente a jovens promissores produtores europeus pela European Film Promotion.

Após ter ganho quatro prémios internacionais e a maior competição nacional de curtas metragens em 2008, enquanto realizador e produtor, com o filme “Corrente”, Rodrigo Areias soma agora mais esta distinção.
Acrescente-se que o cineasta vimaranense criou recentemente, com um série de colaboradores, uma nova empresa de produção e distribuição cinematográfica, sedeada em Guimarães, de nome “Bando à Parte”. Trata-se da primeira empresa do ramo cinematográfico sedeada na também sua ‘cidade-berço’.
Bons tempos estes que se avizinham para o cinema Português

terça-feira, 21 de abril de 2009

Jack Nicholson

Um dos melhores e mais prodigiosos actores de todos os tempos:

"Easy Rider" (1969), Dennis Hopper


"Chinatown" (1974), Roman Polanski


"Professione: reporter" (1975) Michelangelo Antonioni


"One flew over the cuckoo's nest" (1975), Milos Forman


"The Shining" (1980), Stanley Kubrick


"Batman" (1989), Tim Burton


"About Schmidt" (2002), Alexander Payne


"The Departed" (2006), Martin Scorsese

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"Criança de Bigode"


Os Plaggio são a banda pela qual nutro um carinho especial e pela qual me orgulho de ser amigo e fiel seguidor, desde os primeiros ensaios aos concertos que por aí vieram. Plaggio, significou desde logo, uma evolução previsível e constatada, pelo talento, criatividade e qualidade que transmitem e registam neste primeiro e feliz EP "Criança de Bigode".
Os Plaggio estão inseridos e imponênciam esta nova vaga de excelente e excitante música portuguesa (e cantada em português!), surgida neste virar de século. Prevê-se um cenário próspero no futuro da música rock portuguesa, onde os Plaggio figuram e se evidenciam, juntamente com os seus congéneres.
Um projecto novo capaz de envergonhar "até", uns tais velhos de uma banda com nome de pancada, que por agora celebram trinta anos de carreira.
O prodígio dos Plaggio assenta em melódicas, refrescantes e poderosas sonoridades, que se exaltam e triunfam verdadeiramente no palco.

No final do mês sairá a esperada edição do EP em disco, até lá passem pela página dos Plaggio no myspace (myspace.com/plaggio), ou visitem o pitch no próximo sábado à noite para uma experiência Plaggio.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Just like honey"

"Listen to the girl
As she takes on half the world
Moving up and so alive
In her honey dripping beehive
Beehive
It's good, so good, it's so good
So good

Walking back to you

Is the hardest thing that
I can do
That I can do for you
For you

I'll be your plastic toy
I'll be your plastic toy
For you

Eating up the scum
Is the hardest thing for
Me to do

Just like honey"

The Jesus & Mary Chain


"Lost in Translation" (2003), Sofia Coppola

quarta-feira, 1 de abril de 2009

(Good Night Irene - Paolo Marinou-Blanco, 2008)

Um filme produzido pela Filmes do Tejo, filmado em Portugal e Espanha, a representar o melhor que se tem feito cá. A realização e o argumento estão a cargo do jovem realizador Paolo Marinou-Blanco filho de mãe grega e pai português. Que tem com este filme a sua estreia nas longas-metragens. E que bela estreia.
Esta é uma comédia com cenas hilariantes, é um drama com cenas intensas.
Nuno Lopes mais um vez revela-se um dos melhores, se não o melhor da sua geração.
Marinou-Blanco já adiantou que está a preparar a história para o um novo filme, com um tema semelhante a este, e poderá ser filmado na India e em Portugal.


... good night Irene



segunda-feira, 23 de março de 2009

segunda.


Porque o domingo, último post do caro amigo Daniel Abrão deixou àgua na boca aqui ficam mais alguns videos de animação, stop-motion que o fantástico mundo do youtube nos porpociona. diferentes linguagens, diferentes mensagens, autores desconhecidos, Tim Burton, animação musical.

http://www.youtube.com/watch?v=qBjLW5_dGAM

http://www.youtube.com/watch?v=WwqPOkcXrYQ

http://www.youtube.com/watch?v=s3iyAFFElb4

http://www.youtube.com/watch?v=fxQcBKUPm8o

http://www.youtube.com/watch?v=dBvDm_JLEcI


A animação não tem limites, e se para uns a animação é para crianças para outros pode ser usada sobe ponto de vista documental. O mais recente filme A Valsa com Bashir é disso exemplo, já neste blog foi recomendado.

Vals Im Bashir, Ari Folman (2008)

sábado, 21 de março de 2009

Fantasporto 09 - Hansel & Gretel


Toda a gente um dia foi criança, uns tiveram uma infância mais feliz que outros, mas todos a tivermos. Hansel e Gretel fala da magia de ser criança e do mundo onde tudo é possível, basta imaginar para querer. O pior é quando o melhor desejo dessas crianças é tão simples como ter um pai e uma mãe, uma família.


Um filme esteticamente muito bem conseguido realizado pelo Sul – Coreano Pil-Sung Yim, consegue adaptar o conto alemão de Hansel e Gretel.


O filme retrata assim um grupo de irmãos que vivem numa casa numa floresta juntamente com os seus pais, porém algo de misterioso acontece quando recebem uma nova visita, o mundo dos adultos mistura-se com o mundo das crianças, onde a inocência das crianças e o medo que tem provem de traumas passados, porém as crianças com a sua inocencia e medo do mundo exterior conseguem mostrar assim há sua nova visita que a vida que tem não é assim tão má como pensa. Sem dúvida um mundo bem construído de fantasia, horror e mistério.


Porque nem sempre é fácil ser criança.


Um filme que iniciou o meu roteiro oficial do Fantasporto 09.

Hansel & Gretel (2007) - Pil-Sung Yim

segunda-feira, 16 de março de 2009

Western Lusitano

Sábado, 14 de Março, o bar Passos Manuel foi palco de um dos projectos musicais mais interessantes, importantes e aliciantes dos últimos anos.
A sonoridade dos Dead Combo sugere um novo fado e vai buscar a sua grande influência à música de Ennio Morricone e dos filmes de Sergio Leone. A presença senhorial dos dois portugueses em palco reflectiu bem a classe da sua música, das guitarras estridentes à serenidade do contra-baixo, os Dead Combo deleitaram-me com um dos concertos mais marcantes da minha, ainda jovem vida.
Um projecto puramente inspirador e inspirado no mais belo que a 7ª Arte transmite.

"C'era una volta il West" (1968), Sergio Leone

O Cinema

O cinema é uma manifestação artística numa plataforma visual dinâmica, logo o cinema é arte, ou pelo menos é o que se diz. O grande problema da arte é que nem sempre a atinge, como se tratasse de um nível qualitativo. Na grande maioria das vezes o objecto artístico não passa de uma tentativa de arte. E no cinema passa-se o mesmo, o que levou o cinema a várias qualificações e géneros. Mas quem determina isto?

Quem determina o que é bom ou mau cinema, o que é arte ou mero entretenimento?

A arte é uma manifestação sensorial e emocional a uma obra física por parte de alguém, mas dependendo de quem é esse alguém, ela pode manifestar-se desde uma forma residual até um êxtase orgasmico. E essa consideração é extremamente volátil visto que está ligada ao nível intelectual, ao estado de espírito ou físico, à interpretação artística ou até ao simples facto de ter ou não tomado o pequeno-almoço, por quem absorve a obra de arte. Isto torna muito difícil determinar o que é bom ou mau cinema. Um professor de Historia e Teoria do Cinema, da Universidade de Uppsala na Suécia, desenvolveu este tema até encontrar várias conclusões, uma das quais é que existem dois tipos de cinema, um de filmes que fazem muito público, e os filmes que agradam sobretudo a conhecedores e interessados no fenómeno do cinema enquanto arte, isto é o que nós vulgarmente chamamos “Cinema Comercial” e “Cinema de Autor” ou “Independente”.

A questão é, pode o “Cinema Comercial” ser bom cinema ou o “Cinema de Autor” uma mera tentativa não conseguida de arte? E se sim então porquê, a teimosa distinção nestes dois géneros base, dividindo-se depois numa interminável variação de géneros, desde: Drama, Ficção-Cientifica, Animação, Terror, Acção, etc.

É realmente necessária a divisão do cinema em duas classes, o Bom e o Mau cinema.

Mas talvez a atenção deva ser virada mais para aquilo que se pretende de um filme por parte do espectador. O filme é feito para ele, independentemente de quem ele seja, o cinema é para todos, para aqueles que conseguem interpretar uma complexa equação, como para aqueles que apenas procuram satisfação sensorial ou distracção ou divertimento.

E a magia do cinema está ai mesmo, em satisfazer pequenos prazeres ao mais comum dos mortais como em provocar manifestações filosóficas e correntes artísticas nos mais dotados dos pensadores. É claro que nem assim haverá consenso. E que a discussão continuará em aberto, até porque novas definições irão surgir no cinema e novas experiências cinematográficas colocarão a nossa noção do que é o cinema alem dos actuais limites.

E isso é o que todos nós queremos.

Despeço-me com os melhores cumprimentos. Volto a dar noticias quando regressar de férias. Por enquanto deixo-vos algumas saudáveis recomendações.

Em DVD:
"Bem-Vindo ao Norte" – Dany Boon
"Californication" (serie 1) – Vários
"O Tal Canal" – Nuno Teixeira

No Cinema:
"The Burning Plain" – Guilhermo Arriaga
"Milk" – Gus Van Sant
"Doubt" – John Patrick Shanley
"Che" – Steven Soderbergh
"The Wrestler" – Darren Aronofsky

No Futuro:
"Maradona" – Emir Kusturica (Um deles é um Génio)

Não Vejam/Não Paga a Pena/Tempo Perdido:
"A Pantera cor-de-rosa 2" – Harald Zwart
"Bride Wars" – Gary Winick
"Veneno Cura" – Raquel Freire (Por favor jovens cinéfilos salvem o que resta do cinema português)


Hernani D’Almeida

sábado, 14 de março de 2009

Ninguém me atende o telefone...

"Rear Window" (1954), Alfred Hitchcock

quarta-feira, 4 de março de 2009

"Smulltronstället"

«É de manhã, Isak Borg inicía um passeio por uma rua vazia, um lugar deserto. Isak olha em volta – as portas e janelas das casas estão fechadas –, avança até ao passeio e encontra, mais à frente, um enorme relógio pendurado por um ferro preso à parede da fachada. Um relógio com a particularidade de não possuir ponteiros, Isak aproxima-se, pára, e observa-o; este balança levemente ao sabor do vento. Retira um relógio do bolso e confirma a ausência dos ponteiros, a ausência do tempo. Enquanto guarda o relógio de bolso, observa o outro, aquele que o impede de seguir a sua exploração. Sob um sol intenso, que parece perturbá-lo, retira o chapéu, leva a mão à testa e refugia-se na sombra da sua incredibilidade, o relógio. Decide avançar pela rua, e percorre alguns metros. Pára, olha mais uma vez em volta, perdido volta para trás para junto do relógio, volta-se e fita o cenário vazio. Na rua, um homem de costas; Isak avança vagarosamente até ele, estende o braço até tocar no seu ombro, o homem vira-se, Isak assusta-se. O corpo que não tem corpo cai no chão e derrama-se pela estrada. Isak avança um pouco mais até à esquina, uma carroça fúnebre puxada e dirigida unicamente por dois cavalos dobra a esquina e dirige-se em direcção a Isak; passa por ele e mais à frente, uma das rodas traseiras embate num poste de luz. Por mais duas vezes, os cavalos insistem na sua marcha e fazem a roda chocar contra o poste, a roda parte-se e solta-se da carruagem girando perdida em direcção a Isak, que se desvia e evita a roda. A carruagem oscila com violência, presa ao poste, até que um caixão desliza e cai, a carruagem segue o seu caminho. Isak, muito lentamente, avança até ao caixão caído e entreaberto com um braço estendido para fora. A mão mexe e agarra no braço de Isak. Isak perturbado, luta pelo seu braço, do caixão surge ele próprio, puxa-o. Vem buscá-lo para a morte...»

"Smulltronstället" (1957), Ingmar Bergman

terça-feira, 3 de março de 2009

2001:

"Atrás de cada pessoa viva estão trinta fantasmas, pois essa é a proporção dos vivos para os mortos. Desde o princípio dos tempos, cerca de cem biliões de seres humanos pisaram este planeta. Cem biliões é aproximadamente o número de estrelas na nossa galáxia Via Láctea. Isto significa que para cada pessoa que já viveu existe uma estrela. As estrelas são sóis, com planetas que giram à sua volta. Não é interessante pensar que há espaço no firmamento para cada pessoa ter o seu mundo?"
Sir. Arthur C. Clarke

"2001: A Space Odyssey" (1968), Stanley Kubrick

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bravo Sean Penn!!

"Milk" (2008), Gus Van Sant