sábado, 31 de janeiro de 2009

Gran Clint

O final de 2008 foi sem dúvida um final em grande para Clint Eastwood.
Há semelhança de 2006 que realiza, mas neste caso, dois filmes sobre o mesmo assunto mas em perspectivas opostas , onde Letters from Iwo Jima é automaticamente um clássico americano, Clint volta a realizar dois filmes em 2008 num curto espaço de tempo.
Não é de Changeling que se trata, mas sim de Gran Torino.

Clint Eastwood volta a ser actor num filme desde 2004 (Million Dollar Baby, realizado pelo próprio) e sem dúvida que o papel que interpreta é uma mistura de Insp. 'Dirty' Harry Callahan (Dirty Harry-1971 de Don Siegel) com Frankie Dunn (Million Dollar Baby)

Walt Kowalski (Eastwood) viúvo, pai de dois filhos que nunca conheceu realmente (o inicio do filme funciona como a introdução de Kowalski) é um ex combatente da guerra do Vietname, uma pessoa que não quer saber dos seus vizinhos (vive num bairro de emigrantes hispânicos e chineses).
Acompanhado apenas pela Daisy (uma labrador retriever) que no inicio do filme é a única companhia que Kowalski têm,e os problemas dos vizinhos (que se mantém há distância desde que não pisem o seu "jardim"). A
té que um dia Thao Vang Lor (Bee Vang) entra na vida de Kowalski e muda a maneira de este ver os valores que desprezava e até ser o pai que nunca foi.
Filme que levanta algumas questões étnicas e sentimentais onde o Padre Janovich (Christopher Carley) (uma espécie de consciência para Kowalski) tem um papel importante no desenrolar do filme.

Gran Torino é um filme bem construído, a narrativa funciona e tecnicamente estamos perante o cinema clínico que os americanos nos habituaram. Se isso é mau? Não, quando bem utilizado.
Se o cinema americano (o dito comercial) não está pelas portas da morte é devido a realizadores como Clint Eastwood.

Gran Torino ( 2008) - Clint Eastwood




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