quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Nouvelle Vague

Em 1958 François Giroud faz a primeira referência a jovens cineastas que alteraram os moldes narrativos até então vistos no cinema, estava assim lançada a expressão de Nouvelle Vague.
Nesse mesmo ano um jovem realizador francês Louis Malle estreia a sua segunda longa- metragem.



Les Amants (Os Amantes) um filme de uma mulher (mais uma vez Malle utiliza Jeanne Moreau) aborrecida com a sua vida de casada decide explorar o amor de um amante, contudo num momento da sua vida conhece Bernard (Jean-Marc Bory) descobrindo caminhos mais interessantes que a vida tão singular que vivia.
Um filme surpreendente com uma das cenas de sensualismo mais bonitas que já vi (equiparável há cena que Alain Resnais conseguiu em Hiroxima mon amour).
Pouco a falar de um filme obrigatório do cinema francês antecipando uma Catherine de Jules et Jim (1962) de François Truffaut, Louis Malle toca assim no tabu da emancipação da mulher que mais tarde outros realizadores o fizeram.


Contudo os cineastas do novo movimento (incluindo Godard, Truffaut, Claude Chabrol e Eric Rohmer) rejeitam a obra de Louis Malle afastando-o da nova geração de cineastas pelo cinema de Malle não se inserir no estilo que estes praticavam.


Louis Malle dá os passos numa carreira que promete fazer história sendo um dos poucos realizadores franceses a ser conseguido nos Estados Unidos sem alterar a sua estética e modo de pensar (o cinema de Malle “ataca” sobretudo os costumes da burguesia) mas ao mesmo tempo com uma carreira pouco conhecida hoje em dia.



Les Amants (1958) - Louis Malle

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